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A agricultura inteligente, também conhecida como agricultura de precisão, é um conceito de gestão agrícola que utiliza técnicas digitais para monitorizar e otimizar os processos de produção agrícola. Esta abordagem tem por objetivo aumentar a quantidade e a qualidade da produção agrícola, reduzindo simultaneamente os fatores de produção agrícola (água, energia, fertilizantes, pesticidas, etc.).
A agricultura inteligente utiliza uma série de tecnologias, como o GPS, a tecnologia de sensores, a navegação por satélite, as TIC e a robótica, etc., para observar (quase em tempo real) as culturas, os campos e os animais e apoiar a tomada de decisões estratégicas nas explorações agrícolas e as ações operacionais ao nível das plantas. Os satélites e os drones podem, por exemplo, fornecer imagens com informações essenciais sobre o estado das plantas nos campos. Os dados recolhidos são registados e analisados por software específico que pode determinar o estado da cultura, do solo ou do animal, bem como as deficiências ou necessidades. Com base no diagnóstico, o software e/ou o agricultor podem determinar se são necessárias ações específicas (por exemplo, irrigação, tratamento) e, em caso afirmativo, quais. A agricultura inteligente pode ser utilizada, por exemplo, para medir as variações nas condições do campo e recomendar a quantidade de fertilizante necessária, otimizando assim a utilização dos fatores de produção agrícola e aumentando os rendimentos da produção, o que, por sua vez, pode reduzir os custos de produção e de mão de obra.
As tecnologias digitais estão a tornar as soluções de agricultura inteligente cada vez mais económicas e acessíveis, incluindo para os pequenos agricultores nos países em desenvolvimento. A adoção destas tecnologias está também a ser impulsionada pela crescente penetração dos telemóveis e da Internet, bem como pela queda do custo dos dados a nível mundial (PNUD 2021). O telemóvel é talvez a tecnologia mais transformadora que permite a agricultura de precisão para os pequenos agricultores. Os telemóveis permitem a comunicação bidirecional entre agricultores e peritos, a monitorização em tempo real, a digitalização e a fácil recolha de dados no terreno. Os smartphones equipados com uma câmara, GPS, vários sensores e um processador oferecem possibilidades adicionais. Os serviços de aconselhamento agrícola baseados em telemóveis, rentáveis e expansíveis, já estão a ajudar milhões de agricultores em todo o mundo, ultrapassando as dificuldades associadas à extensão agrícola convencional. Através dos telemóveis, os agricultores podem receber conselhos personalizados e localizados sobre o que cultivar, quando e como, bem como alertas sobre o tempo, as pragas e as doenças (PNUD 2021).
As competências em matéria de inovação são essenciais para que as micro, pequenas e médias empresas (MPME) e os empresários do sector agrícola se mantenham competitivos e se adaptem à evolução das condições de mercado e desenvolvam novos produtos, serviços e processos para satisfazer as necessidades dos clientes e manter-se à frente da concorrência. Tal implica a assunção de riscos, a vontade de experimentar ideias novas e não experimentadas e de aceitar a incerteza; a criatividade, a capacidade de gerar novas ideias e abordagens e de pensar de forma inovadora; a flexibilidade, a capacidade de se adaptar às condições de mercado em mutação e de alterar a estratégia empresarial conforme necessário.
São necessárias competências técnicas e tecnológicas e uma cultura tecnológica para melhorar os processos empresariais e criar novos produtos e serviços. A utilização da tecnologia (ou seja, robôs, sensores de temperatura e humidade, imagens aéreas, tecnologia GPS e cadeias de blocos) pode melhorar a eficiência, a transparência e a rastreabilidade da cadeia alimentar, melhorando a irrigação, as técnicas de cultivo, a colheita, o armazenamento e o transporte.
